domingo, 12 de setembro de 2010

Romantismo

Introdução


Romantismo ele foi um movimento artístico que ocorreu na Europa por volta de 1800, ele representa as mudanças do plano individual que destaca sensibilidade, emoções e valores interiores. Primeiro ele atingiu a filosofia e a literatura para depois se expressar através de artes plásticas. O romantismo apareceu como uma reação ao Neoclassicismo, pois, enquanto era uma volta aos padrões da cultura greco-romana, o novo estilo dava maior liberdade de expressão aos seus artistas. 
A Bela Desnuda - Goya
A pintura no romantismo diferente dos demais estilos de arte, só desenvolveu paisagens e quadros com temas de exaltação nacional. Há uma revalorização de cores, ressurgindo contrastes claro e escuro, que produz um efeito de dramaticidade e também as cores se libertam e se fortalecem dando uma impressão de serem mais importantes que o próprio conteúdo. Na França e na Espanha o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das obras de Delacroix e do Goya que antecipou a pincelada truncada do impressionismo. 
A arquitetura do romantismo foi marcada por grandes elementos contraditórios. Os arquitetos românticos apesar de não ter características próprias, reviveram a arte medieval. Destacaram-se alguns famosos conjuntos arquitetônicos, como o Parlamento inglês e a Ópera de Paris. 
A Escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade e nem pela maestria de seus artistas. Ao reviver o estilo gótico como na pintura e arquitetura, ocorreu, na escultura, a partir de uma lenta adaptação do estilo neoclássico, com novas finalidades. Os mais destacados escultores desse período foram, o francês Jean Antoine Houdon, Antonio Canova e Jean Baptiste Carpeaux.

                                                                                                                                por Aida Curci 

A Liberdade Guiando o Povo

Pintura

A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.
Novamente a revolução Francesa e seus desdobramentos servem de inspiração; agora para uma arte dramática como pode ser percebida em Delacroix e Goya. Podemos dizer que este último, manifestou uma tendência mais politizada do romântismo, exceção para a época e que tornou-se valorizada no século XX.

A Vinima

As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.
O romantismo foi marcado pelo amor a natureza livre e autêntica, pela aquisição de uma sensibilidade poética pela paisagem, valorizada pela profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor.

Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do impressionismo.

Arquitetura

A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrialização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.

Ópera de Paris
Parlamento Inglês

Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com com o maior rendimento da exploração, e portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.

Pauline Broghese como Vênus

Escultura

A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

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