domingo, 12 de setembro de 2010

Romantismo

Introdução


Romantismo ele foi um movimento artístico que ocorreu na Europa por volta de 1800, ele representa as mudanças do plano individual que destaca sensibilidade, emoções e valores interiores. Primeiro ele atingiu a filosofia e a literatura para depois se expressar através de artes plásticas. O romantismo apareceu como uma reação ao Neoclassicismo, pois, enquanto era uma volta aos padrões da cultura greco-romana, o novo estilo dava maior liberdade de expressão aos seus artistas. 
A Bela Desnuda - Goya
A pintura no romantismo diferente dos demais estilos de arte, só desenvolveu paisagens e quadros com temas de exaltação nacional. Há uma revalorização de cores, ressurgindo contrastes claro e escuro, que produz um efeito de dramaticidade e também as cores se libertam e se fortalecem dando uma impressão de serem mais importantes que o próprio conteúdo. Na França e na Espanha o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das obras de Delacroix e do Goya que antecipou a pincelada truncada do impressionismo. 
A arquitetura do romantismo foi marcada por grandes elementos contraditórios. Os arquitetos românticos apesar de não ter características próprias, reviveram a arte medieval. Destacaram-se alguns famosos conjuntos arquitetônicos, como o Parlamento inglês e a Ópera de Paris. 
A Escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade e nem pela maestria de seus artistas. Ao reviver o estilo gótico como na pintura e arquitetura, ocorreu, na escultura, a partir de uma lenta adaptação do estilo neoclássico, com novas finalidades. Os mais destacados escultores desse período foram, o francês Jean Antoine Houdon, Antonio Canova e Jean Baptiste Carpeaux.

                                                                                                                                por Aida Curci 

A Liberdade Guiando o Povo

Pintura

A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.
Novamente a revolução Francesa e seus desdobramentos servem de inspiração; agora para uma arte dramática como pode ser percebida em Delacroix e Goya. Podemos dizer que este último, manifestou uma tendência mais politizada do romântismo, exceção para a época e que tornou-se valorizada no século XX.

A Vinima

As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.
O romantismo foi marcado pelo amor a natureza livre e autêntica, pela aquisição de uma sensibilidade poética pela paisagem, valorizada pela profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor.

Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do impressionismo.

Arquitetura

A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrialização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.

Ópera de Paris
Parlamento Inglês

Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com com o maior rendimento da exploração, e portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.

Pauline Broghese como Vênus

Escultura

A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

Realismo

Introdução

cenas simples do cotidiano

Por João Latorre
  O Realismo surge em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.Movimento artístico que se manifesta na segunda metade do século XIX. Caracteriza-se pela intenção de uma abordagem objetiva da realidade e pelo interesse por temas sociais.
Esse movimento, especialmente forte na França, reagia contra o Romantismo e pregava o fim dos temas ligados ao passado (como temas mitológicos) ou representações religiosas em nome de uma arte centrada na representação do homem da época, em temas sociais e ligados à experiência concreta.Um dos primeiros pintores considerados realistas é Jean-Baptiste que focava suas obras para as paisagens.


Características Gerais

  • o cientificismo
  • a valorização do objeto
  • o sóbrio e o minucioso
  • a expressão da realidade e dos aspectos descritivos

Arquitetura

Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia.
Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz".
O Pensador - Auguste Rodin

Escultura

Auguste Rodin - não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano.
Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.
Henrik Ibsen

Características da pintura

Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza.
Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é.
Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade

Temas da pintura

Pintura social denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia.

Principais Pintores

Moças Peneirando o Trigo
Courbet - foi considerado o criador do Realismo social na pintura, pois procurou retratar em suas telas temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares.
Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX.
Obra destacada: Moças Peneirando o Trigo.
Jean-François Millet, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual o principal elemento é a ligação atávica do homem com a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde, Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, "Angelus".

Agradecimento ao site PORTAL SÃO FRANCISCO


 

Impressionismo

Introdução

As Amapolas - Claude Monet
   O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista
    A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.
    A denominação “impressionismo” foi dada após a declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impression du Soleil Levant”, de Monet, um dos principais artistas do movimento.

                                             por Stephany Lopes


Principais características da pintura:
  * A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
  * As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
  * As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
  * Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
  * As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
 
Claude Monet  - incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. 
Obras Destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.

Auguste Renoir - foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas. 
Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière
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Edgard Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados.
Obra Destacada: O Ensaio.














Seurat - Mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte.



    No Brasil, destaca-se o pintor Eliseu Visconti, ele já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetivos e seres humanos que retrata em suas telas. Ganhou uma viagem à Europa, onde teve contato com a obra dos impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura brasileira.
Obra destacadas são: Trigal e Maternidade.




Agradecimento ao site HISTÓRIA DA ARTE 

 

Art Nouveau

Introdução
     
Fachada no Estilo Art Nouveau
     Este movimento pode ser chamado de Modernismo ou de outro noque que deve-se à loja que o alemão Samuel Bing abriu em Paris no ano de 1895: Art Nouveau.
     Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX
    O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas.
     Pretendendo-se como nova arte, o estilo procura ainda rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas, curvilíneas.
     Portanto tal estilo teve principal influência sobre a arte decorativa do início do século e ainda sobre a arte arquitetônica, na qual grandes nomes da arquitetura moderna se utilizaram deste estilo, como por exemplo o arquiteto espanhol Gaudi.
     Também na pintura, o estilo esteve relativamente presente nas obras de personalidades artísticas como Vasili Kandinsky e Franz Marc. O estilo teve seu período de sucesso entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, em que é substituído paulatinamente pelo estilo Art Deco e definitivamente abandonado por ser considerado um estilo já ultrapassado. 
                                                                                                                                               por Maísa Acedo 

Pintura

Amazona Ferida - Franz von Stuck
    A pintura Art Nouveau misturou as delicadas e elegantes formas do gótico com o simbolismo romântico de dois grupos importantes da Europa do século XIX: os pré-rafaelistas ingleses Millais, Rossetti, Hunt e Brown e os nazarenos alemães Overbeck, Pforr e Cornelius. O resultado foi uma pintura de um erotismo e uma naturalidade surpreendentes. A idealização da mulher manifestou-se em figuras meio ninfas e meio anjos; corpos etéreos e pele translúcida.
     A natureza assumiu a forma de bosques aquáticos, com plantas de ramos ondulados e longos, mimetizados com os arabescos dourados e os frisos decorativos. Entre os representantes mais significativos da pintura do movimento art-nouveau destacou-se Gustav Klimt, cuja obra inicialmente produziu grande agitação nas exposições da secessão austríaca. No entanto, seu ousado erotismo transformou-se em pouco tempo no paradigma indiscutível da pintura Art Nouveau.

     Deve-se mencionar também o alemão Frans von Stuck, que se aproxima da estética klimtiana, ainda que com temas resgatados das telas do inglês Alma-Tadema, outro importante precursor da pintura Art Nouveau. Suas obras retomaram os temas do classicismo antigo, com uma nova expressividade, à beira do romantismo. No resto da Europa encontramos os espanhóis Casella, Rusiñol e Casa, embora sua obra reflita um forte espírito antiacademicista na direção do impressionismo parisiense.


Escultura      
 
Gilded Plaque
    A escultura Art Nouvaeu permaneceu estreitamente ligada à arquitetura e teve, antes de tudo, uma função decorativa. A criação tridimensional foi representada, melhor ainda do que pela escultura, pelos objetos de uso diário, produzidos com materiais nobres, com um desenho que os elevava à categoria de obras de arte. O Art Nouveau implicou uma revalorização do artesão e, por conseguinte, dos produtos feitos à mão, em oposição aos industrializados.
     Formaram-se ateliês de artesãos, como a Arts & Crafts, de Londres, na qual se fabricavam móveis caros e raros, ou a Escola de Nancy, onde se produzia o mobiliário do desenhista Gallé e a já então prestigiada cristaleria e joalheria de René Lalique. Em Viena, destacaram-se as criações de baixelas de ouro e prata da Wiener Werkstätte, de Hoffmann, e na Espanha a refinada joalheria dos Masriera. Na América alcançaram sucesso os desenhos em cristal da Comfort Tiffany.
     Outra das grandes criações da corrente Art Nouveau foi a arte gráfica publicitária, que se iniciou com os cartazes. Coloridos e artísticos, cobriam os muros das cidades, tentando convencer os cidadãos da qualidade de determinados produtos ou da grandeza de certos espetáculos - de exposições a apresentações de teatro e circo. O primeiro grande artista a se dedicar ao desenho de cartazes foi Toulouse-Lautrec, seguido dos mais importantes pintores da época.

     Muito em breve seriam criados os escritórios de publicidade, semelhantes às atuais agências. Usava-se um grafismo simples, mas elegante, sendo ao mesmo tempo atraente, de acordo com os padrões estéticos da época. O cartaz Art Nouveau guardava, no desenho, certas semelhanças com os quadros de Klimt ou com a ornamentação arquitetônica de Gaudí. Entre os cartazistas mais importantes, Casas, na Espanha, Von Stuck, na Alemanha, Auchentaler, em Viena, e Mucha, na França.
Casa Tassel - Bélgica
Arquitetura

     A arquitetura Art Nouveau se caracterizou pela estrita coerência entre as formas sinuosas das fachadas e a ondulante decoração dos interiores. Adotou-se a chamada construção honesta, que permitia vislumbrar vigas e estruturas de ferro combinadas com cristal. Dentro da arquitetura modernista existiram duas tendências: as formas sinuosas e orgânicas, de um lado, e as geométricas e abstratas, precursoras da futura arquitetura racionalista, de outro.

     Em Barcelona, o arquiteto Gaudí revolucionou a arquitetura com uma obra totalmente simbolista e natural, constituindo por si só um estilo. Na França e na Bélgica, os elegantes edifícios de ferro, cristal e mosaicos de Guimard e Horta criavam espaços de uma força lúdica irresistível, embora mais prosaicos que os catalães. Os americanos, enquanto isso, inauguravam o século XX com os primeiros arranha-céus do arquiteto Sullivan e seu discípulo Frank Lloyd Wright.

     Viena representou quase com exclusividade a corrente mais racionalista do Art Nouveau. Os arquitetos Wagner e Olbrich retiraram suas formas do rigoroso gótico inglês e do inovador e visionário arquiteto escocês Mackintosh. Dessa forma, conseguiram uma construção volumétrica, de formas retangulares, com uma ornamentação bem dosada, embora sem chegar ao extremo de seu contemporâneo Loos, que considerava a decoração uma aberração arquitetônica.

Propagandas Antigas com influências do Art Nouveau


    Desde o seu surgimento, a propaganda passou por diversos segmentos, desde simples propagações de ideais como os de Adolf Hitler e suas teorias nazistas até a chegada da Revolução Industrial, no início do século XX, onde a mesma passou a ser usada principalmente para objetivos mercadológicos.
Essas primeiras propagandas eram geralmente usadas para promover um novo produto aos seus consumidores. Devido à falta de recursos tecnológicos como televisão, rádio, internet e etc. O único meio de transmissão destas informações eram os cartazes.
    Esses cartazes, que na maioria das vezes eram desenhados a mão, tinham por obrigação demonstrar, informar e promover o produto ou serviço oferecido e desta forma possuiam uma enorme quantidade de informação com muitos textos e imagens. Nessa época, por influência do Art Nouveau que era a corrente artística característica da Revolução Industrial, muitos adornos, enfeites e florais eram usados nestes cartazes, dificultando ainda mais uma agradável leitura visual.
    Temos exemplos de cartazes que demonstram como eram carregadas as antigas propagandas e nelas podemos analisar que, em relação ao design não existia um padrão a ser seguido. Tipografia, alinhamento e uso de cores não eram padrões e por isso, tudo se tornava poluído visualmente falando.
 Agradecimento ao site HISTÓRIANET e ao ART NOUVEAU





Neoclassicismo

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Introdução

    O Neoclassicismo foi dominante na arte da europa entre o final do século XVIII e início do século XIX. Tem como característica principalmente a revalorização dos valores artísticos gregos e romanos, provavelmente estimulada pelas escavações e descobertas que estavam sendo realizadas no período nos sítios arqueológicos de Pompeu, Herculano e Atenas.
    Os heróis gregos e a simplicidade da arte eram alguns pontos extremamente admirados dessas civilizações. A valorização do passado que o Movimento propôs é uma de suas principais características que levam a uma boa parte dos críticos crerem que o Neoclassicismo pode ser visto como uma face do Romantismo .
    O aparecimento do Neoclassicismo também é considerado uma reação contra os exageros do Rococó, cultuando principalmente a razão, a ordem, a clareza, a nobreza e a pureza, atributos que acreditavam ser inerentes às culturas gregas e romanas. A valorização desses aspectos parece ainda estar intimamente relacionada à época histórica do Movimento, chamado Iluminismo ou “ Era da Razão “ . 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                             por Felipe Curci 

Eros e Psique - François Gérard
Pintura

    Foi a expressão menos desenvolvida do neoclacissismo. De uma forma geral caracterizou-se pela exaltação de elementos mitológicos ou pela celebração de Napoleão. As figuras pareciam fazer parte de uma encenação teatral e eram desenhadas numa posição fixa, como que interrompidas no meio de uma solene representação. Na pureza das linhas e na simplificação da composição, buscava-se uma beleza deliberadamente estatuária. Os contornos eram claros e bem delineados, as cores, puras e realistas, e a iluminação, límpida.
     As figuras eram rígidas, sem vida, e os rostos, completamente sem expressão, simulavam máscaras das antigas tragédias gregas. As túnicas e capas caíam em dobras pesadas e angulosas, cobrindo as formas do corpo. Um enquadramento arquitetônico fechava a composição atrás e nos lados. A função narrativa era interpretada como uma gélida encenação.     
A espera dos Bárbaros
    O fato histórico se subordinava à teatralização, à captação de um momento já morto.
Grande parte dos críticos destaca as obras de Jacques-Louis David como a principal exceção, marcada pela energia e pelo realismo, que canalizam a exaltação do heroísmo para figuras variadas do mundo em que vive, não reproduzindo portanto a exaltação de Napoleão.
     Pouco depois surgiria o romantismo, carregado de paixão e liberdade. Alguns artistas neoclássicos trilharam caminhos próximos à temática romântica, como Ingeres, ou finalmente aderiram ao novo movimento, como fez Gericault. Em certos momentos, quando compartilham o gosto pelos temas exóticos e patrióticos, se não fosse a linha limpa de uma contra o traço carregado de tensão da outra, seria difícil estabelecer um limite claro entre os discursos das duas correntes artísticas.


Escultura

Ninfa picada por um escorpião - Lorenzo Bartolini
    Os escultores neoclássicos foram marcados pelo rigor e pela passividade e sua produção academicista é considerada fria.
Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às estátuas eqüestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na estatuária da antigüidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.
    


Canova     
     Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora a obra nunca estivesse isenta de um certo realismo psicológico, plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos gestos e suavidade das formas.
     Quanto aos materiais utilizados, os mais comuns eram o bronze, o mármore e a terracota, embora, a partir de 1800, o mármore branco, que permitia o polimento da superfície até a obtenção do brilho natural da pele, tenha adquirido preponderância sobre os demais. Entre os escultores mais importantes desse período destacam-se o italiano Antonio Canova, escultor exclusivo da família Bonaparte, e o dinamarquês Bertel Thorvaldsen, que chegou a presidir a Accademia di San Lucca, em Roma.

Arquitetura

Grande escadaria
    Na arquitetura percebe-se melhor os novos ideais que se desenvolvem na Europa. De uma forma geral foi marcada pela simplicidade, sendo que em alguns casos percebe-se maior influência romana, com obras marcadas pela severidade e monumentalidade; e em outros casos se sobressaem as características gregas, com maior graça e pureza.
   No fim do século XVII, inicia-se em países como a França e a Inglaterra um movimento artístico sob a influência do arquiteto Palladio (palladianismo), que mais tarde, em pleno século XVIII, com a revolução francesa, acabaria se estendendo por toda a Europa, sob o nome de classicismo. A arquitetura barroca não tinha tido grande repercussão nesses países. Um exemplo disso é a rejeição ao projeto de Bernini para o palácio do Louvre, considerado italiano demais.

   
Biblioteca Sainte Geneviève


Assim, pode-se falar, principalmente na França, de um segundo renascimento da antigüidade. Lá, as últimas igrejas construídas persistiam na dinâmica do gótico, tornando-se indispensável uma renovação. Entretanto, seus arquitetos não estavam dispostos a prosseguir dentro da estética empolada e amaneirada do barroco. Os fundadores da jovem ciência da arqueologia proporcionaram as bases documentais dessa nova arquitetura de formas clássicas. Surgiram assim os edifícios grandiosos, de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros. As cidades tiveram de se adaptar a essas construções gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os novos edifícios públicos, academias e universidades, muitos dos quais conservam ainda hoje a mesma função.

Agradecimento ao site HISTÓRIANET

Rococó


 Introdução
 O divertimento de jovens burgueses no jardim
    O estilo rococó surgiu na Europa do século XVIII, mais inicialmente na França, se espalhando em vários países da região e em algumas regiões das Américas, como por exemplo o Brasil. O Rococó pode ser visto como uma releitura do barroco, na qual vários artistas passaram a valorizar o uso das linhas em formato de concha e a arte em sua função decorativa.
     A expressão “Rococó” vem da palavra francesa Rocaille, que significa uma maneira de se decorar os jardins através do uso de rochas e conchas. Ao início do século XIX, o estilo Rococó passa a ser usado também para representar outras manifestações criadas nos campos da arquitetura e das artes ornamentais. Só a partir de 1943, devido à uma pesquisa de Fiske Kimball, o movimento deixa de ser visto como uma variante do barroco para assumir suas próprias características.

     São estas, em geral, a substituição das cores vibrantes do barroco por tons rosa, verde-claro, o abandono das linhas retorcidas para utilização de linhas e formas mais leves e delicadas. Essa transformação indicava o interesse dos burgueses em alcançar o prazer e a graciosidade nas obras encomendadas pela classe artística da época.
                                                                                                                                 por Claudia Moreno
Festa do Amor - Jean Antoine Watteau
Pintura
    A pintura rococó deixa de lado os afrescos a fim de dar lugar aos arrases que pendem macios das paredes e torna íntimo e discretos os ambientes; aproveita os recursos do barroco, liberando-os de sua pesada dramaticidade por meio da leveza do traço e da suavidade da cor. Agora o quadro tem pequenas dimensões, passando a ser colocado nas entreportas ou ao lado das janelas, onde antes eram colocados os espelhos. Por vezes os quadros têm um lugar reservado: são os cabinets de pintura, onde se reúnem os entendedores para apreciar as obras.
    O homem do rococó é um cortesão, amante da boa vida e da natureza. Vive na pompa do palácio, passa o dia em seus jardins e se faz retratar tanto luxuosamente trajado nos salões de espelhos e mármores quanto em meio a primorosas paisagens bucólicas, vestido de pastorzinho.
As Banhistas - Fragonard
    As cores preferidas são as claras. Desaparecem os intensos vermelhos e turquesa do barroco, e a tela se enche de azuis, amarelos pálidos, verdes e rosa. As pinceladas são rápidas e suaves, movediças. A elegância se sobrepõe ao realismo. As texturas se aperfeiçoam, bem como os brilhos.
Existe uma obsessão muito particular pelas sedas e rendas que envolvem as figuras. Os retratos de Nattier e as cenas galantes de Fragonard são as obras mais representativas desse estilo.
    O material preferido para obter o efeito aveludado das sedas e dos brocados, a transparência das gazes e o esfumado das perucas brancas são os tons pastel. Esses pigmentos de cores diferentes, prensados na forma de pequenos bastões, ao serem aplicados sobre uma superfície rugosa vão se desfazendo e é preciso fixá-los com um líquido especial. Sem sombra de dúvida, é nesse período que a técnica do pastel atinge seu ponto máximo de excelência. 
 Escultura
Irmãos Asam - Igreja do Mosteiro de Rohr
    Devido ao grande desenvolvimento decorativo, a escultura ganha importância. Os escultores do rococó abandonam totalmente as linhas do barroco. Suas esculturas são de tamanho menor. Embora usem o mármore, preferem o gesso e a madeira, que aceitam cores suaves. Os motivos são escolhidos em função da decoração. Até artistas famosos, principalmente aqueles ligados a manufatura de Sèvres se apressam a preparar para ela, desenhos e modelos. Em função de lembrança, do souvenir, os pequemos grupos representam cenas de gênero e narram, com linguagem espontânea e cores luminosas, episódios galantes, brincadeiras e jogos infantis.
Viagem com o menino Jesus - Jean Baptiste Pigalle
    Nas igrejas da Baviera surge o teatro sacro. Altares com iluminação a partir do fundo, decorados com cenários carregados de anjos, folhas e flores, são a referência ideal para cenas religiosas de uma inegável atmosfera de ópera.
Deve-se destacar também que é nessa época que surge com um vigor inusitado a indústria da escultura de porcelana na Europa, material trazido do Extremo Oriente, na esteira do exotismo tão em voga nessa época. Esse delicado material era ideal para a época, e imediatamente surgiram oficinas magistrais nessa técnica, em cidades da Itália, França, Dinamarca e Alemanha. 


Arquitetura 
Igreja da Peregrinação de Wies - Steigaden
    A arquitetura rococó é marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição dos ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e caprichoso. Essa manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes.
    O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana. A expressão máxima dessa tendência são os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins. Construídas para o lazer dos membros da corte, essas edificações, decoradas com molduras em forma de argolas e folhas transmitiam uma atmosfera de mundo ideal. Para completar essa imagem dissimulada, surgiam no teto, imitando o céu, cenas bucólicas em tons pastel. Na metade do século, o "estilo Pompadour" já constituiu uma variante do rococó: curvas e contra curvas animam as paredes e os ritmos decorativos, afirma-se a assimetria, a trama linear invade tudo. As Vilas construídas para a favorita de Luís XV sugerem a evolução de um gosto que se desenvolve com pequenas oscilações.
Os móveis, importantíssimo complemento da construção arquitetônica, assumem uma transcendência particular. De um lado isto decorre da exigência, de determinados arranjos. De outro lado a variedade cromática, devido ao emprego de madeiras raras marchetadas, ornadas de frisos dourados, é acompanhada pelo requinte de suas linhas. Acompanha tudo isso o gosto pelos bibelôs.
Agradecimento ao site HISTÓRIANET